“Um toiro bravíssimo quási que se não deixa tourear, porque se arranca
pronto e de largo, com muito nervo. Este toiro é, na maioria dos casos,
revoltoso e, portanto, torna-se necessário ter muito cuidado, pois quási que
não dá tempo para pegar noutro ferro e está sempre em cima do toureiro”. Transitando
agora do geral para o particular, saliente-se que Joaquim Bastinhas, desta vez
não penalizado com a fava, teve uma actuação de muitos quilates, arrecadando
mais um saboroso triunfo, a adicionar a tantos outros que exornam a sua
brilhante carreira. O toiro perseguiu o conjunto após os capotazos iniciais,
sendo castigado com dois compridos, o primeiro, em terrenos de dentro, o
segundo, com o adversário a acudir, o que logo fez subir a temperatura no
termómetro taurino. Após a troca do Vigo pelo Amoroso e com o hastado a
galopar, no primeiro curto, aquele voltou a empregar-se na reunião, embora se
ficasse após ser farpeado. No ferro seguinte, em que houve perseguição, o de
Elvas engarupou-o superiormente para o deixar nos médios. De seguida, uma vez
ganha a linha do toiro e em tudo conforme às verdadeiras regras do toureio a
cavalo à portuguesa, a reunião acontece e o morlaco
é de novo farpeado. Saca depois o Duque, com o qual começa por bregar
superiormente, apontando mais um ferro, com o toiro a empregar-se novamente. E
a concluir, na fase dos adornos, plenamente justificada, por isso que, até
então, toureara a sério, Joaquim Manuel, em duas reuniões a ladear e à primeira
entrada, brindou o público, que o adora, com um de palmo e um par de
bandarilhas, com o inimigo nos médios, de novo, com reflexos no termómetro... Por
sua vez, Marcos Bastinhas não lhe ficou atrás, exibindo-se, também ele, a
grande altura, o que tem sido uma constante, na parte da temporada já
percorrida. De entrada, com o Danone, teve que se ver com uma perseguição
codiciosa, que controlou superiormente, para, depois, atacar e cravar. No
segundo e último comprido, em que voltou a atacar, houve o mérito do oponente
ter acudido à reunião, empregando-se. Na costumeira transição, agora com o
DARDO, Marcos montou o show habitual, elevando a brega a níveis altíssimos, com a primeira sorte a
sesgo e a segunda de dentro para fora. Sacou ainda o distinto Artista uma
terceira montada para apontar dois de palmo e dois pares de bandarilhas, tudo à
primeira entrada. Somam e seguem os dois renomados ginetes pela via do triunfo,
dando gosto vê-los, mormente se os toiros tiverem qualidade. Daí o título hoje
eleito, de “ Assim, sim”. Quanto a Bastinhas Pai, um até breve, com os olhos
postos na jornada de Abiul, já este sábado, onde dispõe dum grande cartel. No
que respeita a ambos, a Póvoa do Varzim vai-nos fazer deslocar, na expectativa
de mais um êxito, que será também dos seus muitos amigos e admiradores. Vai por
vós, gente toureira e amiga!” por Vaz Craveiro 30/07/2015)