quarta-feira, 27 de maio de 2015

Recortes da imprensa sobre a corrida da feira da Moita no passado domingo:


JOAQUIM BASTINHAS
Ao seu melhor nivel. Com o toureio que fez dele grande figura e que o perpetua, esteve bem nos compridos e bem nos curtos. Lidou com saber escolhendo bem os terrenos e distancias, o que para mim é essencial no toureio. Teminou a lide com um par a duas mãos, sorte que renasceu consigo.( sortes de gaiola 26/05/2015 João Cortesão)


Marcos Bastinhas sem um erro numa actuação perfeita, e com muita emoção, triunfou com toda a força........MARCOS BASTINHAS
Mostrou estar no melhor momento da sua carreira. Muito bem a receber o toiro por inteiro, bons compridos com um cavalo novo, e excelentes curtos de grande emoção que empolgaram a assistencia. Terminou com um par de bandarilhas de boa nota..
O que mais impressionou em Marco Bastinhas, foi a segurança em tudo o que fez, acima de tudo na escolha das ditâncias que lhe pemitiu colocar a ferragem com rara emoção sem passagens em falso...( sortes de gaiola 26/05/2015 João Cortesão)


"Moita: venceu a arte e o toureio de Marcos Tenório Bastinhas! 
Uma vez mais a tradicional feira de Maio da ribeirinha vila da Moita do Ribatejo centrou as atenções dos aficionados e público em geral. Em tarde festiva, com o Grupo Forcados do Aposento da Moita a comemorarem o seu quadragésimo aniversário e uma temperatura ambiente a pedir o aconchego da sombra, fez com que os sectores do sol registassem menos afluência de público. O cartel como sempre reuniu nomes de há muito consagrados, com outros em verdadeira fase emergente nas suas carreiras – uns mais outros menos como sempre – mas que de facto tornaram o espetáculo interessante de acompanhar, fazendo mesmo esquecer que se iriam lidar sete toiros. Um espectáculo que teve dois momentos distintos: o “furacão” Marcos Tenório que protagonizou a lide da tarde, tal a raça e a emoção patenteada ao longo de toda a sua actuação, frente a um toiro que acabou por se entregar, já que o valor do ginete não lhe deu tréguas nos seus próprios terrenos. Por outro lado viveram-se momentos de angústia com a colhida feia e aparatosa de Tiago Carreiras. Por vezes a entrega não é tudo e o risco tem limites; e o toiro avisou. Os “Ascenção Vaz” estavam bem apresentados, rematados até em demasia, na sua generalidade. Joaquim Bastinhas foi o cavaleiro que deu inicio ao festejo, um consagrado cuja ambição e arte é sobejamente conhecida do público e a receita para muito dos seus sucessos. Na “Daniel do Nascimento” Bastinhas não fugiu á regra. Entendeu o toiro que não sendo bravo deixou-se, deu-lhe a lide correcta e uma vez mais brilhou. Rui Salvador a atravessar uma fase menos boa a nível da quadra e perante um toiro mais agarrado á arena, evidenciou toda aquela entrega que se lhe reconhece desde há muitas temporadas, mas que não foi suficiente para ultrapassar o problema que teve por diante. Não por falta de vontade ou engenho do cavaleiro, mas por umas montadas que não colaboraram com o toureiro de Tomar. Para Sónia Matias saiu o terceiro da tarde e também como é habitual, a “baixinha” encastou-se com o toiro e rapidamente chegou ao público com uma actuação de bom nível, procurando executar sortes frontais e os terrenos correctos, para a colocação dos ferros. Lide variada onde não faltaram os ferros em sorte de violino o que agradou plenamente ao público. Marcos Tenorio Bastinhas “tocou pelo” no quarto da tarde. Com uma lide poderosa e sempre a subir de nível, empolgou o público pela forma como abordou o toiro, os terrenos deste e cravou os ferros: de alto a baixo e sem reservas. Com todo o mérito arrebatou para si o êxito gordo da tarde. Tiago Carreiras uma vez mais tentou a todo o custo atingir o triunfo e isso retirou-lhe discernimento. Arriscou em demasia e em teimosia, por terrenos “complicados”, num toiro que não lhe perdoou o atrevimento, surgindo a colhida quando tentou cravar o seu terceiro ferro curto. Apesar dos momentos de apuro por que passou, não baixou os braços e deu continuidade á sua lide, aproveitando o traquejo do velhinho, útil e rodado “Quirino”. João Maria Branco foi um toureiro que passou discreto pela arena da Moita. Nunca se viu o cavaleiro confiado com o toiro e tão pouco nos pareceu a gosto, perante um inimigo que não foi o mais complicado, mas que nem por isso deu facilidades. O espectáculo fechou com a actuação da cavaleira praticante Mara Pimenta. Também esta simpática “loirinha” esteve correcta e atrevida com o seu toiro, muito atacado de carnes o que lhe retirou andamento. Não sendo uma lide fulgurante, agradou ao público nalguns momentos da sua actuação, sobressaindo em especial no quarto e sexto ferros da sua actuação. Nota grande e especial para o Aposento da Moita, em tarde de comemoração do seu quadragésimo aniversário, com pegas que empolgaram o público e demonstraram bem a qualidade e tradição deste Grupo de reconhecido mérito e valor. Foram caras Diogo Gomes á 1ª, Luís Peças uma glória á 2ª, Francisco Baltazar  á 1ª, José Pedro Pires da Costa também ele á 1ª, José Henriques e João Rodrigues e a finalizar Martin Afonso a fechar-se á segunda tentativa. Dirigiu o espectáculo senhor João Cantinho." (aficionados de Portugal 25/05/2015 Francisco Santos)


"TARDE DE SOL E DE FESTA RIJA NA MOITA NOS 40 ANOS DO G.F.APOSENTO DA MOITA
A tarde estava de sol, quente, propícia à festa que se adivinhava por obra do 40º aniversário do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita, com mais de 60 elementos fardados, com um cartel de muito interesse e um curro de invejável apresentação da ganadaria de Ascenção Vaz, com o público a responder de forma a preencher metade da lotação da praça “Daniel do Nascimento”. E se os Forcados triunfaram na sua festa dos 40 anos, o triunfo maior em termos de lides equestres coube a Marcos Bastinhas.Comecemos então pelos aniversariantes. Velhas glórias a par de elementos actuais, todos fardados em função da efeméride, com alguns outros antigos elementos, incluindo dois antigos cabos na bancada. A prestação do Grupo nesta tarde foi de nota muito superior quer em termos da qualidade das pegas de caras executadas quer na forma como as ajudas funcionaram na esmagadora maioria das vezes, sinal de grande união, e com o cabo José Pedro Pires da Costa a levar a bom porto esta tarefa. Diogo Gomes, bem á 1ª, o veterano Luis Peças numa rija cara á 2ª, Francisco Baltazar muito bem e á 1ª, José Pedro Pires da Costa também à 1ª, tal como José Henriques e João Rodrigues e ainda Martin Afonso a encerrar com uma boa pega de caras á segunda tentativa, foram os solistas que deram corpo ao conjunto que fez juz à festa e ás ovações tributadas pelo público. Parabéns Aposento da Moita.Marcos Bastinhas foi o triunfador maior da tarde, com uma lide onde, na ferragem curta, fez aquecer ainda mais o público nas bancadas. Marcos cravou bem os dois compridos em sortes à tira bem executadas mas foi na ferragem curta que subiu a fasquia para um nível muito elevado, com sortes frontais e a atacar o toiro ao piton contrário que lhe valeram fortes ovações e o estatuto de triunfador. Foram momentos empolgantes nomeadamente nos três primeiros curtos em que pisou terrenos de muito compromisso, rematando com um par de bandarilhas. Abriu praça o seu pai, Joaquim Bastinhas, um toureiro sempre cheio de garra e motivação, o qual deu lide adequada a um toiro de Ascenção Vaz que teve qualidade. O conhecimento dos terrenos e querenças do toiro foram muito bem aproveitadas por Bastinhas para deixar boa ferragem, ser bastante aplaudido, e rematar com um par de bandarilhas de boa nota.Rui Salvador não teve tarde feliz, ora porque o toiro não colaborava ora porque as montadas também não o ajudavam. A garra do cavaleiro de Tomar, o seu pundonor, vieram ao de cima e cravou dois ferros de maior compromisso que o público soube premiar com ovações. O seu segundo curto foi de muito boa execução. Sónia Matias teve uma lide de muito boa nota, entendendo bem o toiro e procurando os melhores terrenos para cravar a ferragem. A sua lide foi variada, ora com sortes frontais bem medidas ora com ferros de violino que sempre fazem as delícias do público. Deixou ambiente.Tiago Carreiras teve uma lide irregular, não se livrando de uma feia colhida com queda ao tentar cravar o terceiro curto. Terminou, com garra, a sua lide deixando 3 ferros curtos por dentro.Para encerrar esta corrida esteve a praticante Mara Pimenta que teve uma lide com altos e baixos mas com bons momentos na ferragem curta, com os quarto e sexto ferros a serem os melhores da sua conseguida actuação.Os toiros de Ascenção Vaz oscilaram entre os 465 e os 545 kilos e não sendo bravos tiveram comportamentos que serviram para o êxito dos toureiros à excepção do segundo da ordem, manso e mais complicado e o terceiro que foi mais reservado.Na direcção de corrida esteve João Cantinho, sem critério na concessão de música, assessorado pelo veterinário Jorge Moreira da Silva. Ao intervalo foi descerrado placa comemorativa dos 40 anos do GFA Aposento da Moita."( barreira de sombra 25/05/2015 António Lúcio)




"O consagrado Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita comemorou ontem oficialmente na praça da sua terra, a bonita e bem cuidada "Daniel do Nascimento", o 40º aniversário da sua fundação numa tarde de grandes emoções e em que executou sete valentes pegas de caras, apenas duas ao segundo intento e todas as outras à primeira, havendo a destacar o "pegão" do veterano Luis Peças, retirado há muitos anos e que demonstrou, com a garra e o valor que sempre o caracterizaram, a sua alma enorme de forcado. Brindou a sua pega a outra grande glória do grupo, José Romão da Silva, o popular "Bobi". As restantes pegas foram excepcionalmente executadas por Diogo Gomes, Francisco Baltazar, o cabo José Pedro Pires da Costa, José Henriques, João Rodrigues (os cinco, todos à primeira) e Martim Afonso (à segunda), com brilhantes prestações de todo o grupo a ajudar coeso e em força. Grande destaque para os belíssimos toiros da ganadaria Ascenção Vaz, representada pelo empresário António Nunes, que a traz este ano de volta aos grandes palcos da tauromaquia nacional. O regresso da ganadaria à Moita, após dez anos de ausência, ficou marcado pelo "indulto" de dois toiros, os lidados por Marcos Bastinhas e Tiago Carreiras, que regressaram ao campo depois de, no final da corrida, terem sido lidados a pé, à porta fechada, por jovens alunos da Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita. A ganadaria Ascenção Vaz tem já outro curro apartado para a Corrida do Município em Agosto na Monumental do Montijo. Lamentavelmente, ontem, o director de corrida João Cantinho não se lembrou de ordenar a chamada à praça, plenamente justificável, de qualquer representante da ganadaria. Foi pena. E foi injusto. Artisticamente, a tarde de ontem ficou marcada por dois exuberantes e fortes triunfos dos Bastinhas, pai e filho+ e também por valorosas actuações de Sónia Matias (com a valentia e a raça usuais) e Mara Pimenta, que fechou a corrida com uma lide de enorme valor. Rui Salvador teve uma actuação marcada pela sua garra, João Maria Branco andou correcto, mas discreto e Tiago Carreiras foi ontem um "poço de valentia", encastando-se e pondo a carne no assador depois de sofrer uma violentíssima e muito aparatosa queda de que, felizmente, saiu ileso, assim como a montada. A praça registou meia entrada e isso foi a nota negativa de uma corrida que merecia praça cheia. Impunha-se que a aficion da Moita - e do país - tivesse estado ali a homenagear os 40 anos de glória do seu grande grupo de forcados. Mas, infelizmente, as coisas em Portugal acontecem sempre ao contrário... O presidente da Câmara da Moita descerrou nos corredores da praça uma placa assinalando os 40 anos dos Amadores do Aposento e, de uma tarde de grandes emoções e onde, entre antigos e actuais, se fardaram 40 forcados..."( farpas blog 25/05/2015 Miguel Alvarenga)