sábado, 21 de março de 2015

Na memória da história de uma figura do toureio.

Foi em 1969 que se iniciou uma carreira. Já la vão quatro décadas e picos. Nessa tarde de Fevereiro, em Lisboa, na praça de toiros do Campo Pequeno, um "miudo" chamava a atenção pelos seus modos desenvoltos e tremendistas, na cara de um novilho, que o tentou sempre "agarrar" ao longo de toda a  lide, Na realidade o miúdo dessa altura, é hoje figura do toureio a cavalo e Maestro. Chama-se Joaquim Bastinhas e a sua popularidade e alegria ultrapassou fronteiras, mantendo intocável a irreverencia toureira dessa tarde de Fevereiro de 69. De facto o tempo é implacável, tal como um rio que corre para o mar, a sua agua nunca volta á nascente e Joaquim Bastinhas, tal como os rios, partiu da sua nascente em Elvas, foi aumentando de caudal em Èvora, alargou margens em Lisboa no Campo Pequeno e hoje todos o conhecem e reconhecem, tal o manancial da sua arte, natural, espontânea, imprevisível, sem tabus, livre de preconceitos, mas impregnada de entrega, ambição e muito, mas muito valor. As imagens que irão poder ver, não primam pela nitidez ou mesmo qualidade técnica, mas perdem-se no tempo. Encontrámo-las no baú das recordações do cavaleiro: apresentação em publico (1969), prova praticante (Vila Viçosa 1979), alternativa ( Évora 1983). Imagens também com o seu cavalo "Xequemate" no Campo Pequeno. Imagens da Nazaré, praças entre muitas outras, onde os êxitos marcantes na sua carreira foram acontecendo... tal como o passar do tempo, ou o correr dos rios.