Apesar
do muito calor o público acorreu á “Celestino Graça” para presenciar o festival
taurino, em que o Grupo Forcados Amadores de Santarém comemorou o seu
centenário. Um Grupo emblemático, com toda uma história e como toda a história
recheada de bons e menos bons momentos, mas onde os êxitos apagam qualquer resquício
menos agradável, daí os Amadores de Santarém serem um dos Grupos de referência no
tocante ao Forcado. E para um espectáculo com tanto simbolismo, também uma
figura de referência lidou o segundo da tarde: Joaquim Bastinhas! Perante um toiro bem apresentado e que cumpriu
bem, o Maestro toureou e recreou com gosto toda a sua tauromaquia, tão su-generis,
perante o centésimo décimo quarto toiro “Grave” da sua carreira. Companheiros
de Jornada: o “Amoroso” nos compridos e primeiro curto com a souplesse e beleza
que o conjunto imprimem nas sortes. Depois foi a vez de o “Duque” mostrar a sua
arte, pincelada com bonita passage, que o cavaleiro de Elvas lhe tira com
tanta elegância, mas sem nunca retirar depois verdade ao momento das sortes. Encerrou a sua
actuação com o “Cartier” e o par de bandarilhas. Um par á Bastinhas. Um par
igual a tantos outros que têm marcado o toureio a cavalo dos últimos trinta
anos, e demarcado Joaquim Bastinhas da vulgaridade. Por isto mesmo foi figura.
Por isto mesmo hoje é Maestro.