A
praça de toiros “José Elias Garcia” foi esta noite palco de um bom espetáculo
tauromáquico. Um cartel de peso, não só pelo nome dos três cavaleiros, mas por
tudo aquilo que eles representam para o toureio a cavalo. João Moura, Joaquim Bastinhas
e António Telles: três toureiros que passados trinta anos, mantêm acesa a chama
da competição. Tal como na década de oitenta o faziam, cada um com o seu
estilo, pendentes de tudo o que se passava na arena, tentando superar-se e
superarem-se na procura do triunfo; hoje viu-se que a sua ambição mantêm-se inalterável.
E o público que preencheu as bancadas em pouco mais da sua metade,
reviveu o passado…revendo-se no presente. O curro de “Passanha” bem apresentado,
teve quatro toiros que investiram e serviram bem para as lides, ao contrário dos
lidados em quinto e sexto lugar - mansos e descaradamente a fugirem para tábuas
e dos seus lidadores, complicando também o desempenho dos Grupos Forcados Amadores de Portalegre e Alcochete, que no entanto com coesão e saber sobrepuseram-se aos "Passanhas".
Joaquim Bastinhas frente ao segundo da noite esteve
francamente bem. Primeiro com o “Zico” nos compridos e depois nos curtos com o “Cartier”,
o cavaleiro de Elvas, rubricou uma atuação de mão cheia. Experiência, arte e
alegria em perfeita sintonia, foram a chave do êxito de Joaquim Bastinhas,
frente ao seu primeiro.
Já no segundo do seu lote, um manso de investidas pouco
claras e sempre a fugir para tábuas só daí saindo (com dureza), cada vez que o
cavaleiro lhe pisava os terrenos. Primeiro com o “Amoroso” e depois com o “Tivoli”,
Bastinhas esteve muito por cima do toiro, sendo o público unânime nas palmas
com que brindou o cavaleiro no final da sua actuação.