Quando
se escuta o apelido Bastinhas, imediatamente o mesmo é associado ao toureio; a
uma figura do toureio a cavalo. No entanto Bastinhas, ou Joaquim Bastinhas,
fora das arenas representa todo um universo de actividades, dedicado á
agricultura, ao empreendedorismo de gestão, á família; uma figura emblemática,
acarinhada e respeitada em Elvas, a sua cidade berço, a qual com orgulho e
distinção sempre soube representar. Daí não ser de estranhar as muitas
homenagens de que tem sido alvo, a ultima delas, a atribuição da medalha de
ouro da cidade, a mais alta distinção, possível de atribuir a um Elvense. “ Nasci
em Elvas. Orgulho-me de ser alentejano e ter podido já representar a minha
cidade e claro o meu País, nos quatro cantos do mundo. No estrangeiro, sempre
que piso uma arena tenho sempre presente comigo, que estou a representar a
minha cidade e o meu País. Daí os meus cavalos serem entrançados com as cores
da bandeira nacional e os, ou o, primeiro dos ferros compridos desfraldar a
bandeira da minha cidade. Ao longo das 30 temporadas que levo como cavaleiro de
alternativa, sempre fui também apelidado como o cavaleiro de Elvas e isso
prova, também o orgulho e o carinho que tenho e sinto pela minha cidade.” A
“Herdade da Algramassa”, na Ajuda, é onde residem Joaquim e Helena Nabeiro
Tenório. Uma herdade planeada, conseguida, desenhada, construída e partilhada
nos sonhos, entrega, ambições e trabalho do casal, por uma actividade e forma
de estar na vida, que ambos sempre partilharam: o toureio, a agricultura, o
saber e a arte. Joaquim Bastinhas abriu as portas de um outro universo da sua
vida. O seu dia-a-dia fora das arenas, fora da temporada porque: onde há um
toureiro, existe também um Homem. Ao utilizar com alguma frequência advérbios
de modo como: “normalmente” ou “habitualmente” é ou são, a forma mais
transparente e genuína, de ir ao encontro, de uma realidade desconhecida para
muitos, sobre Joaquim Manuel Carvalho Tenório.