Esta tarde na monumental praça de toiros de Santarém realizou-se o festival a favor da “Casa do Rapaz”, instituição solidária daquela cidade. O tempo prometia chuva no entanto segurou-se e o publico que preencheu cerca de um quarto de casa da monumental escalabitana pôde seguir uma corrida cujo cartel contou com a participação dos cavaleiros Joaquim Bastinhas, Luís Rouxinol, Marcos Bastinhas, Tiago Carreiras, Ana Rita, Luís Rouxinol jr e Mara Pimenta. As reses que se lidaram pertenciam ás ganadarias de “Lopes Branco”, “silva Herculano”, “Branco Núncio” e “António Silva”. Pegaram os Gr. Forcados Amadores de Santarém e Vila Franca de Xira. Joaquim Bastinhas lidou o primeiro da tarde com o ferro de “Lopes Branco”, que se deixou e foi melhorando ao longo da lide, que o cavaleiro de Elvas desenvolveu com empenho inteligência e arte, tendo “ mexido” com classe no hastado, deixando-o colocado nos terrenos que entendeu serem os correctos. A lide de Bastinhas não teve tempos mortos foi ligada, medida. Nos compridos com o “Vigo” mudando depois para os curtos. Aqui sacou a estrela da actualidade no que a cavalos de toureio se refere: o “Amoroso”, e com ele recriou uma obra iniciada na passada temporada e que na actual promete ser refinada. Fechou a sua participação neste festival com o “Duque” e fechou-a com um de palmo e o indispensável par de bandarilhas, seguindo-se o não menos espectacular desmontar na arena – há Joaquim Bastinhas claro!

 Marcos Tenório foi bastante aplaudido esta tarde em Santarém. Arriscou tudo Marcos Tenório e sacou uma actuação der mão cheia, com um valor impróprio para cardíacos Marcos enfrentou o “Nunçio” que lhe coube em sorte, um toiro sério e bravo ao qual foi preciso lidar, mandar muito impor-se não lhe permitindo veleidades. Recebeu-o com o “Capa Negra”, metendo-se com ele e dobrando-se com sobriedade, deixou-o sempre colocado nos médios, para depois dar distancias e citar de largo, os compridos foram cravados com intenção. Estas ganas do cavaleiro valeram a Marcos Tenório as palmas da assistência que se intensificaram nos curtos face ao arrojo do cavaleiro. Com o “Dólar” a emoção subiu ao máximo, porque se viu um cavaleiro perante um toiro sério arriscar tudo a tal ponto, que Marcos Tenório com temeridade quase procurou o impossível e o acidente grave esteve iminente. Porém sem nunca se intimidar o cavaleiro foi implacável a selar a sua actuação com o êxito, utilizando para isso o “Actor. Mais comentários dispensam-se, porque a verdade desta actuação de Marcos Tenório Bastinhas atingiu tal patamar, que só mesmo quem esteve na praça, a pôde viver, sentir e valorar.