segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Imprensa: da praça do "Sitio da Nazaré" e Marcos Tenorio Bastinhas.



"Há quem diga que o público frequentador da praça de toiros da Nazaré é um público fácil, um público  festivo, um público tal como a vila nesta altura do ano "colonizada" e invadida por turistas. Mas não é  assim, como tentam fazer crer, alguns "artistas da caneta", antepassados jurássicos" da net. A praça do "Sitio" é local frequentado também por gente simples, gente do povo, espontânea, que sem agravos assobia ou aplaude um toureiro, levanta a voz, incita e ou rende-se agradecida, em presença de uma boa actuação. No passado sábado, o curro de toiros com ferro e divisa "Casquinha", deu bom jogo. Investiram, foram sérios, exigiram aos toureiros entrega e conhecimentos, em suma: verdade e nada de superficialidades. Houve verdade na arena da Nazaré, com seis lides distintas, protagonizadas por outros tantos cavaleiros, que souberam brilhar e fazer brilhar o toureio a cavalo à  portuguesa. Com um cartel composto pelos cavaleiros Rui Salvador, Luís Rouxinol, Marco José, Marcos Bastinhas e os praticantes João Salgueiro da Costa e Parreirita Cigano, com uma  temperatura fresca e húmida,  o publico disse presente, registando o empresário Fernando dos Santos  mais uma "boa casa". Os toiros como já dissemos pertenceram à ganadaria de Nuno Casquinha, tendo sido pegados pelos Amadores do Ribatejo, Monforte e Arronches. Quantos a actuações, os cavaleiros de alternativa mais antiga, proporcionaram uma  primeira parte do espectáculo (cada um dentro do seu conceito) de nível francamente elevado. No entanto, a segunda parte desta corrida, em nada foi inferior á primeira. Abrindo as hostilidades Marcos Tenorio Bastinhas liderou a " revolução" artística da segunda parte da corrida.  Arriscou, entregou-se com valor e muito descaramento na cara do toiro, não só pelos terrenos que pisou, mas também na preparação dos ferros, cravagem, rematando e bregando superiormente como é seu hábito. Também  os praticantes Salgueiro da Costa e Parreirita Cigano não se acanharam, validando também eles duas boas actuações. Salgueiro perante um toiro mais complicado, Parreirita com a verdade e valor do "sangue gitano" que lhe corre nas veias, soube fechar com êxito um espectáculo que certamente agradou a todos. Se não? Pelo menos à  maioria sim! No capítulo da forcadagem a noite foi para “homens de barba rija”. Os Casquinhas bateram. Houve muitos lesionados, mas todos os toiros foram pegados. Pegados com determinação e sentido de Grupo." (aficionadosdeportugal 24/08/2015 Francisco Santos)