sexta-feira, 17 de julho de 2015

Carta a Joaquim Bastinhas pelo Dr. Vaz Craveiro.

Meu caro Joaquim Manuel:
Dei por bem empregada a deslocação a Tomar, de cuja corrida retirei impressões muito lisonjeiras. No que, directamente, Lhe diz respeito, apreciei sobremaneira o modo superior como enfrentou o hastado que Lhe coube em sorte e que, além do mais, reunia, empregando-se com más intenções. Valeu, na circunstância, a categoria e experiência do meu Amigo, que está a atravessar uma das fases mais brilhantes da Sua dilatada carreira. Na verdade, basta atentar na convergência crítica da anterior temporada, onde foi considerado o respectivo triunfador. Quanto a Seu Filho Marcos, exibiu-se, também ele, em plano de toureiro. Na verdade, de início, a montada eleita para a ferragem comprida alardeou o seu grau de ensino e a flexibilidade daí resultante, quarteando-se na cara do oponente, com total domínio e controle da situação. Depois, na ferragem curta, assistiu-se a um trabalho de brega que entrou pelos olhos dentro, passe o pleonasmo, dos muitos espectadores que acorreram ao velho tauródromo nabantino. E, como se isso não bastasse, o valoroso cavaleiro trocou de novo de colaborador para cravar um excelente par de bandarilhas em terrenos do máximo peso como são os dos médios, o que igualmente tem de ser creditado a Seu favor. Prossegue assim o jovem e talentoso Artista o seu notável percurso, em cujos princípios obteve um triunfo de arromba naquela praça, o que motivou crónica que firmámos e em que previmos os sucessos que vem colecionando. E, sendo tudo o que se nos oferece dizer, por ora, sem que a temporada tenha ainda atingido o respectivo Equador, cá estaremos, se possível, para dar notícia das prestações taurinas duma Família que, sem margem para dúvidas, mais gente mete nas praças por onde passa.
Atentamente,